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ARTIGOA Nova Abordagem Articular Manual

21/09/2020

A Nova Abordagem Articular Manual

Na Osteopatia e na Terapia Manual as técnicas de tratamento ‘articular’ são aquelas que recebem maior atenção. São o “carro-chefe” dos tratamentos, geralmente ocupam a maior parte do tempo das sessões, e muitas vezes são as únicas técnicas empregadas.

A preocupação maior com o sistema musculoesquelético pode ser entendida pelo fato de que a maioria das consultas são motivadas por queixas de dor, em geral percebidas pelo paciente em alguma estrutura musculoesquelética, associadas ou não a uma disfunção de movimento.

Também pesa o fato de que um dos principais objetivos do tratamento manual é o restabelecimento da mobilidade funcional e assintomática, como uma necessidade para a saúde do corpo. E as articulações são, por excelência, estruturas para o movimento.

Por isto, há um grande número de técnicas que visam devolver o movimento livre e eliminar os sintomas decorrentes dos bloqueios, restrições, fixações. Mas, apesar de todo o destaque dado ao tratamento ‘articular’, o modelo que predomina atualmente é limitado.

Como já dissemos, o foco principal da Osteopatia e Terapia Manual é restabelecer o movimento. E isto passa, obviamente, por uma boa função articular. No modelo atual articulações são estudadas como os locais onde o movimento ocorre:

  • analisa-se a morfologia, para entender suas possibilidades de movimento;
  • estudam-se os planos e eixos da articulação, e os movimentos realizados neles;
  • estuda-se a coordenação dos movimentos nas diferentes articulações, como influenciam uns aos outros, e como as restrições podem repercutir nas demais articulações;
  • e, por fim, procura-se compreender a repercussão destas alterações do movimento sobre as funções da mobilidade, postura e marcha, buscando entender a origem dos sintomas.

Baseado neste modelo são desenvolvidos:

  • testes para analisar o movimento articular;
  • manobras para restaurar o movimento, eliminando os bloqueios e fixações.

Este modelo vem sendo utilizado como base para o estudo e a prática clínica há muito tempo, e tem produzido bons resultados, em um grande número de casos. Por isto se tornou bastante popular. Os pacientes, sabendo da grande chance de obter alívio com estas técnicas, desejam receber este tratamento. E no mundo todos os profissionais se empenham em estudá-las e aprendê-las.

Mas é um modelo que muito pouco evoluiu em sua concepção, no último século, e apresenta limitações. Há diversas condições clínicas nas quais os resultados são insatisfatórios, ou nem mesmo é possível utilizar as técnicas articulares.

Nos pacientes com dores surgidas espontaneamente e sem causa aparente as técnicas tradicionais de manipulação articular, seja da coluna vertebral ou das extremidades, geralmente contribuem para um bom alívio. Mas que resultado estas técnicas obtém nos casos de artrose? Edema articular? Lesões ligamentares? Bursites, tendinites, capsulites? Patologias reumáticas? Traumatismos?

É verdade que a recuperação destas condições patológicas depende das condições gerais de saúde do organismo, e que esta pode ser ajudada por um tratamento articular que harmonize o movimento do corpo de uma forma global. Mas as técnicas articulares empregadas atualmente só podem agir de forma indireta sobre estas e várias outras condições patológicas. Não são capazes de produzir efeitos diretos sobre as estruturas acometidas.

O principal motivo para isto é o reducionismo biomecânico. Uma visão excessivamente focada no entendimento da mecânica dos movimentos, sem espaço para considerar o componente biológico.

A articulação é vista apenas como o local onde ocorrem os movimentos, a junção, as “dobradiças”. Não há preocupação específica com os elementos que formam a articulação, seus tecidos, e a forma como são acometidos pelos eventos patológicos. Estes aspectos recebem atenção da medicina, para o tratamento medicamentoso e/ou cirúrgico, mas não da Osteopatia e da Terapia Manual.

Há, nos tratamentos articulares tradicionais, técnicas específicas para o tratamento da cartilagem articular? Ou dos tecidos ósseos?

Você sabia que a pele que recobre uma articulação possui ramos oriundos dos nervos profundos da articulação? Que uma patologia das estruturas articulares vai repercutir, através destes ramos cutâneos, nas condições da pele associada à articulação? E que alterações na pele, por via reversa, podem contribuir para uma fisiologia ruim dos tecidos articulares? Você conhece técnicas para o tratamento da pele? Trata as alterações da pele, em um problema articular?

A nutrição e a drenagem dos tecidos articulares dependem do fluxo de fluídos: líquido sinovial, sangue, linfa. E isto é ainda mais importante quando os tecidos estão em processo de recuperação, como nos estados pós trauma. Uma boa circulação para a articulação precisa ser assegurada com técnicas vasculares específicas. E como as estruturas vasculares são controladas pelo sistema nervoso, este também precisa receber atenção no tratamento. Técnicas de manipulação vascular e manipulação de nervos são obrigatórias em qualquer tratamento articular.

Você deve estar familiarizado com a repercussão das restrições nos tecidos musculares, tendinosos e cápsulo-ligamentares sobre a mobilidade articular. Mas você já pensou na repercussão destas restrições sobre a pressão intra-articular? As alterações da pressão intra-articular são uma causa principal dos processos degenerativos. E, antes que esteja instalado um processo degenerativo significativo nos tecidos articulares, estas alterações não causarão prejuízo da mobilidade, ou seja, não serão percebidas pelos testes tradicionais de movimento. Estas pequenas restrições que ocorrem nos tecidos moles peri-articulares só são percebidas pela palpação, e não podem ser revertidas com técnicas inespecíficas, tais como as tradicionais técnicas de tecidos moles. Somente a manipulação precisa e direta do local da restrição tecidual pode reverter estas alterações.

Jean-Pierre Barral e Alain Croibier tem desenvolvido uma abordagem de tratamento manual bastante inovadora para o tratamento das articulações, apresentada em 3 cursos fundamentais que abordam as extremidades superior e inferior, e a coluna vertebral e pelve. Além disto, há uma série de livros que introduzem esta nova visão.

Seu olhar, e suas técnicas, privilegiam os aspectos biológicos da articulação, com menos atenção aos aspectos mecânicos, que já são bem explorados nas demais formas de tratamento articular.

Barral e Croibier estabelecem a visão da articulação como um órgão, complexo, constituído por diferentes estruturas, tecidos e fisiologias. Não apenas como a zona de junção de dois ossos, cobertos por cartilagens, estabilizada por cápsula e ligamentos, e movida por músculos.

Em sua abordagem eles estudam, e apresentam técnicas para o tratamento de:

  • pele;
  • ossos;
  • cartilagens;
  • membrana sinovial;
  • fibrocartilagens, como meniscos e labrum;
  • cápsula e ligamentos;
  • músculos e tendões;
  • fáscias;
  • sistema nervoso; e
  • elementos vasculares.

O objetivo das técnicas, mais do que simplesmente restaurar o movimento e eliminar os sintomas, busca:

  • harmonizar a pressão intra-articular;
  • permitir a livre circulação de fluídos;
  • melhorar a nutrição e a drenagem dos tecidos articulares;
  • eliminar aferências proprioceptivas e nociceptivas indevidas;
  • interromper e prevenir processos degenerativos.

Além disto, trazem uma preocupação com as relações entre vísceras e articulações, como uma pode influenciar a fisiologia da outra, e causar, ou contribuir, para o estado de disfunção.

Por fim, os aspectos emocionais relacionados à articulação e suas disfunções também são levados em conta, e abordados na estratégia de tratamento.

Esta visão aprofundada e inovadora dos fenômenos articulares e sua abordagem diagnóstica e terapêutica recebeu o nome de Nova Abordagem Articular Manual. Suas técnicas surgiram das necessidades clínicas de Barral e Croibier, das limitações dos seus resultados obtidos com as técnicas tradicionais, e foram desenvolvidas em sua prática com pacientes, durante muitos anos, até serem compiladas e organizadas em um novo sistema terapêutico.

As técnicas podem ser utilizadas isoladamente ou em associação com as técnicas articulares tradicionais. E também podem compor o tratamento junto com técnicas viscerais, neuromeníngeas, e todas as outras que contribuam para um tratamento integral do corpo.

Com este novo conhecimento Barral e Croibier levam a visão e os resultados do tratamento das articulações a um outro nível. Abrindo novas possibilidades de tratamento e obtendo melhora em casos onde antes os efeitos eram pobres e limitados. Barral e Croibier atualizaram a Osteopatia e a Terapia Manual, evoluindo a abordagem articular tradicional, já bastante apreciada tanto por pacientes como pelos profissionais.

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